sexta-feira, 27 de abril de 2012
Sobre O Egito
O peso de uma cultura!
É comum a gente buscar formas de classificar as coisas. Por exemplo: morangos são vermelhos, coelhos são fofos, pedras são ásperas, etc. O problema é quando passamos este tipo de raciocínio para seres humanos e tentamos delinear a todo um povo a algumas poucas características. Eu sei que é tentador, e às vezes cedo à facilidade de classificação para explicar um pouco como são os egípcios e a vida por lá, porque recebo muitas perguntas repetitivas sobre as mesmas coisas.
Eu poderia dizer: os egípcios pensam na família, os egípcios são labiosos, os egípcios são românticos, os egípcios são bagunceiros. Tá, mas isso, realmente, representa o que são os egípcios? Ou, posso dizer que isso é típico a todos? Claro que não.
Quando a gente fala dos egípcios, é meio fácil pensar em certos padrões de comportamento, até porque é um país onde o modelo de sociedade e do que é respeitável ou certo, é mais uniforme. Além disso, lá só existe praticamente duas religiões, sendo a maior parte de muçulmanos, o que já coloca a maioria das pessoas, teoricamente, seguindo as mesmas regras religiosas.
No Brasil é um pouco mais complicado, porque somos muito diversos, porém se a gente se esforçar um pouco, também começa a enumerar um monte de características para os brasileiros: “somos alegres, somos malandrinhos, somos atrasados, somos flexíveis, etc”. Mas, a gente gosta de ser generalizado? Ficamos felizes quando vemos as estatísticas de brasileiros barrados na Europa, por exemplo, por termos o perfil de imigrante?
Claro que não, os seres humanos são muito mais do que uma série de qualidades ou defeitos escritos numa ficha, ao lado de sua nacionalidade.
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